segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Elaboração de currículos - mitos e verdades

Olá, boa tarde!
Como a segunda feira é um dia bem adequado à reflexão para o início da semana, principalmente para quem está em busca de uma recolocação no mercado de trabalho, decidi falar um pouquinho sobre um dos itens mais óbvios, porém mais controversos dos processos de seleção: o currículo.
Hoje li uma matéria sobre o uso da criatividade na confecção de currículos, e alguns depoimentos dizendo que currículos altamente criativos sempre ajudam na busca profissional (http://happyhour.blogosfera.uol.com.br/2013/10/25/designer-cria-curriculo-interativo-inspirado-em-game-do-mario/#fotoNav=6 )
Esse é justamente um dos grandes mitos sobre a confecção de currículos: que é preciso algo muito grandioso ou de grande destaque para que um currículo seja bem avaliado pelo recrutador. Obviamente que, para profissões em que a criatividade é o maior ativo ou um grande diferencial no cotidiano do empregado (como alguns cargos na área de publicidade ou marketing), tais recursos podem gerar um diferencial importante, que será checado em etapas posteriores do processo de seleção (ou seja, de nada adianta apresentar criatividade na elaboração do currículo e na dinâmica de grupo não ter iniciativa no momento de elaborar um projeto ou na apresentação de um case), mas, em muitos casos essa ânsia pela criatividade ou pelo diferencial acaba causando apenas espanto e confusão no recrutador, que não consegue entender porque o candidato imprimiu o currículo em uma folha amarela, ou que não consegue ver com bons olhos aquela imensa poluição visual causada pelo excesso de imagens que o candidato usou para "causar uma boa impressão".
Diante desse contexto, nessa postagem vou citar alguns pontos que são muito importantes na confecção de um currículo adequado, e, na próxima postagem vou falar um pouco sobre erros comuns na confecção do currículo.

1.     Omitir o objetivo profissional:
Muitas pessoas optam por omitir o campo objetivo profissional. No entanto, esse é um dos primeiros campos em que o recrutador presta atenção no currículo profissional pois, se a posição trabalhada é de auxiliar, não é interessante convocar para uma entrevista um profissional cujo objetivo seja atuar como analista ou gerente. Caso o profissional não tenha ainda uma especificidade ou esteja em busca do primeiro emprego na área, é importante demonstrar o objetivo de forma mais genérica, mas nunca deixar esse campo em branco.

2.     Excesso de dados pessoais:
Na ânsia de oferecer o máximo de informações possível é comum o profissional inserir dados pessoais irrelevantes para o primeiro contato com a empresa. Dados como: RG, CPF e CEP, caso sejam relevantes para o processo seletivo, serão coletados em contato com o candidato, e não através do currículo. Via de regra, os dados que a empresa precisa em um primeiro contato com o currículo do candidato são: Nome, endereço e formas de contato (telefone, e-mail e caso possua e seja relevante para o cargo, redes sociais).

3.     Prolixidade:
O currículo profissional deve fornecer ao recrutador dados gerais da experiência do candidato e não um histórico completo de sua vida profissional. A prolixidade nunca oferece maior clareza, mas acaba por ofuscar informações importantes, além de tornar a leitura extremamente cansativa. O tamanho ideal de um currículo profissional é de 1 a 2 páginas, salvo exceções específicas ou seleções para cargos gerenciais. Maiores informações sobre as atribuições do candidato sempre devem ser esclarecidas durante o processo de seleção.

4.     Inserir qualidades pessoais:
Informações como: “sou proativo”,  “visto a camisa da empresa” além de serem clichês são extremamente inadequadas ao currículo, por serem desnecessárias ao processo de triagem. Caso seja solicitado, durante a entrevista o candidato terá espaço para falar de si mesmo, seus pontos fortes e de desenvolvimento. Porém, mesmo nesse contexto, tais clichês continuam sendo bem pouco informativos.

5.     Inserir diferenciais desnecessários:
Imprimir o currículo em folha amarela, utilizar uma fonte caligráfica ou utilizar diversas cores na confecção do currículo não vão ajudar o profissional a ser selecionado para uma entrevista. Na maioria dos casos, vão apenas gerar poluição visual desnecessária e uma má impressão a respeito do profissional que utilizou de critérios apelativos para “chamar a atenção”. O processo de triagem é simples e direto: serão convocados para entrevista profissionais cujos objetivos e experiências estejam adequados à posição em aberto.

Espero que gostem das dicas e que aguardem a nova postagem!!!
Abraços e uma ótima semana!!!




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